Espondilolistese

A Espondilolistese é uma condição em que uma vértebra da coluna vertebral se desloca para a frente ou para trás em relação à vértebra abaixo dela.

Esse deslizamento provoca um desalinhamento da coluna, que pode levar ao desenvolvimento de desvios posturais e causar dores constantes nas costas. Além das dores, a espondilolistese pode resultar em formigamento, dores nas pernas e pequenos espasmos musculares na região lombar.

Em alguns casos, a espondilolistese leve pode não apresentar sintomas por muitos anos e ser detectada apenas em exames de imagem.

Embora possa ocorrer em qualquer parte da coluna, a espondilolistese é mais frequentemente encontrada na região lombar.

Quais as causas da Espodilolistese?

A Espondilolistese pode ser causada por vários fatores, que variam conforme o tipo. Em alguns casos, as vértebras podem não se formar corretamente antes do nascimento, levando a uma fraqueza estrutural que permite que uma vértebra deslize sobre outra, conhecida como Espondilolistese Congênita.

Pequenas fraturas na pars interarticularis, uma parte da vértebra, podem ocorrer devido a atividades repetitivas ou estresse constante na coluna. Esse tipo é conhecido como Espondilolistese Ístmica e é mais comum em atletas.

O desgaste natural das articulações e discos da coluna vertebral, geralmente devido ao envelhecimento, pode levar à Espondilolistese Degenerativa. Esse tipo é mais comum em adultos mais velhos e está associado a condições como a artrose.

Lesões traumáticas, como acidentes ou quedas, podem causar fraturas ou danos nas vértebras e levar ao deslizamento de uma vértebra sobre outra. Esse tipo é conhecido como Espondilolistese Traumática.

Doenças que enfraquecem os ossos ou afetam a integridade estrutural da coluna, como tumores, infecções ou osteoporose, podem resultar em Espondilolistese Patológica.

Existe ainda a possibilidade da espondilolistese ocorrer devido a várias causas relacionadas a procedimentos médicos em que algum fator possa ocasionar a instabilidade da coluna resultando na Espondilolistese Iatrogênica.

Além disso, há uma predisposição genética para a espondilolistese, especialmente em casos de espondilolistese ístmica e congênita. Pessoas com histórico familiar da condição podem ter um risco maior de desenvolvê-la.

A compreensão da causa subjacente é crucial para determinar o tratamento mais adequado para cada caso.

Como é classificada a Espondilolistese?

A espondilolistese é classificada com base em diversos critérios, incluindo a etiologia (causa subjacente), a localização do deslizamento e a gravidade do deslocamento.

Em relação ao grau do deslocamento, A Classificação de Meyerding é um sistema amplamente utilizado para descrever o grau de deslizamento de uma vértebra sobre a outra na espondilolistese. Esta classificação é baseada na porcentagem de deslocamento da vértebra superior em relação à vértebra inferior.

Aqui estão os detalhes para cada grau de deslizamento:

Grau I:

Deslizamento de 1% a 25%

A vértebra superior deslizou levemente para frente, correspondendo a até um quarto da largura do corpo vertebral abaixo.

Grau II:

Deslizamento de 26% a 50%

A vértebra superior deslizou para frente, correspondendo a até metade da largura do corpo vertebral abaixo.

Grau III:

Deslizamento de 51% a 75%

A vértebra superior deslizou para frente, correspondendo a até três quartos da largura do corpo vertebral abaixo.

Grau IV:

Deslizamento de 76% a 100%

A vértebra superior deslizou para frente, correspondendo a quase toda a largura do corpo vertebral abaixo.

Grau V (Espondiloptose):

Deslizamento superior a 100%

O corpo vertebral superior deslizou completamente para frente, caindo totalmente fora do alinhamento com a vértebra abaixo.

Quais são os sintomas da Espondilolistese?

A espondilolistese pode apresentar uma variedade de sintomas que variam conforme o grau de deslizamento das vértebras e a compressão nervosa.

Os sintomas mais comuns incluem dor crônica na região lombar, frequentemente agravada por movimentos como dobrar-se para frente, além de rigidez e espasmos musculares na parte baixa das costas.

Quando os nervos espinhais são comprimidos, pode ocorrer dor irradiada para as nádegas, coxas, panturrilhas e até os pés, muitas vezes semelhante à ciática, acompanhada de formigamento, dormência ou fraqueza nos membros inferiores.

Em estágios avançados, pode haver deformidades visíveis na coluna e dificuldades significativas na postura e na mobilidade.

Em casos graves, sintomas neurológicos como incontinência urinária ou fecal e fraqueza muscular nos membros inferiores podem ocorrer.

É essencial consultar um médico se você apresentar qualquer um desses sintomas, especialmente se houver dor persistente nas costas ou se a dor estiver interferindo significativamente nas atividades diárias.

O diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem ajudar a evitar complicações e melhorar a qualidade de vida.

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